Sunday, June 28, 2009



(Luz... Porto)


Vim, extenuada, por tantos caminhos,

Tijolos amarelos, esmeraldas pontiagudas,

Sempre trazendo em meu peito sozinho

Uma chama, um pedido de ajuda.


Vim, cambaleante, por tortas estradas,

Portos abandonados, barcos sem cais,

Camas baratas e eu, sem morada,

Ouvindo ao longe o clamor do "não mais."


Vim, e nem sei por que insisti,

Muitos bares,bodegas, shows e quermesses.

Por muito, muito pouco, quase desisti

E talvez sábio teria sido se o fizesse.


Mas, Pandora nos dita a sina:

Tonta fui e abri o cofre,

O que carrego desde menina,

Aquele por que toda gente sofre.


Dentro dele, quieta, só havia

A me espreitar, me cercar, malsã

-E sei que em sonhos já a via-

A triste e falsa esperança vã.


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