Saturday, November 22, 2014

ANIMALIA

(Luz... Porto)



Aquele homem fez meu avesso
Brotar qual fruto de cerne espesso
Nessas noites loucas por aí.
Amantes largados na cidade

Grande, enorme, sem rosto ou claridade.
Criávamos a giz nosso cenário,
Vagando, funambulando ali,
Acolá. Éramos invisíveis.

Soavam sinos no campanário
Celebrando as noites de amor.
Os nossos corpos indivisíveis

Varavam madrugadas insones.
Olho pra trás, vejo corcéis sem nome,
Que, afastados, gemem, sós, sua dor.

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