Thursday, November 06, 2014
FIN(A)DOS
(Luz... Porto)
Toda vez que eu fecho os olhos
E sou tomada por Morfeu,
Sigo uma estrada florida
Em rumo a um mar de abrolhos.
Eu, que nadar nunca soube,
Lá sou chamada por Paulo,
Felipe, Carlos e Irene,
Entro em veste que não coube,
Mergulho no mar perene,
Na água azul cristalina.
Dissipando meus receios,
Revisito os dias findos.
Revigorando o presente,
Replanto assim meu futuro.
Saudando a todos ausentes,
Antes que eu morra prematuro.
E o anjo que sempre guarda,
Que meus passos orienta,
Diz:"Chega, basta de mortos!
Não vês que ainda vivem
No fundo do fundo do fundo
De teu coração, vaso torto?
Vamos lá, seguir em frente.
Não te abandones à sorte.
Contempla o passado e aprende:
O que nele se acorrenta
Não planta boa semente
E se entrega logo à morte".
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