Wednesday, December 31, 2014
À POE
(Luz... Porto)
Quando corvos e abutres
Rufarem as asas em teu peito roído,
Devorando-te a carne putrefata,
Não hesites:
Lança mão do punhal mais certeiro,
Rasga-te em silêncio e contrição
E deixa que o sangue vermelho
Lave as feridas do teu coração.
E, mesmo trôpego e claudicante,
Forja com teus ossos um cajado.
Deixa tudo pra trás e segue,
Ainda que mancando,
Em busca da tua paz.
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