Saturday, April 01, 2006


NOCTÍVAGA
(José Veloso de Sousa, Juji)
À noite quando minha taciturna alma passear pela casa
Não se ouvirá o ranger do assoalho
Nem o eco de seus passos corredor adentro.
Minha alma sombria não vai esbarrar nas cadeiras
Casualmente esquecidas fora dos lugares
E nem vai alvoroçar as baratas acendendo luzes para se guiar.
E pela manhã, quando o sol inundar a cozinha,
Não vai se encontrar nenhum copo sujo, a mais, na mesa
Nem farelos espalhados pelo chão.
Minha soturna alma nada muda, nada é.

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