Saturday, November 22, 2014
INTERSTÍCIOS
(Luz... Porto)
Entre o que sinto e o cinto que me aperta,
Garganta rouca, arranhada, ferida.
Há pouco ar e desejo de viver.
Há sempre o medo do desconhecido.
Meu coração, quase nada o desperta.
Semi-morto só faz chorar, sofrer.
Entre o que me cinge e o que me liberta
Pulsa só a a vida por uma réstia
Frágil, tênue, trêmula, um fiapo.
Não me deixaram nenhuma porta aberta.
Eu, que morro logo desta moléstia,
Do que fui só restará reles trapo:
Existência vazia, vã inútil...
Quem sabe terei sido apenas fútil?
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