Wednesday, January 21, 2015
TRAMPOLIM
(Luz... Porto)
Ela balança, pobre menina
Ao espaço lança sua sina.
Confia em deuses, terá fé?
Crê em sua força, vai dar pé?
Com a vida fez um pacto:
Mergulhar sempre de cabeça.
Não pensa nunca no ato,
Antes que dele esqueça.
Se para lá do balanço
Há um grande abismo
Só grita: "Eu avanço,
Faço o que quero e cismo"
É jovem, coitada, destemida.
Não viu da vida a amargura
Sua coragem empedernida
Pode levá-la a grande agrura.
Mas caprichoso o destino
Pode poupá-la, ciumento,
Em mero desatino,
De ter maior tormento.
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