Tuesday, April 29, 2014

Desalento
(Luz... Porto)


Meu desejo , cristal líquido,
Sabe bem ser abissal.
Em meu peito, coração
Pulsa célere sem ritmo.

Outrora fora ígnea,
De fogueira ancestral.
Veio a mãe com olho vítreo:
Soterrou, virei carvão.

E da brasa que me resta
Se soprar vira explosão.
Cuidado, moço, cuidado,
Sei ser sua perdição.

Não brinque, nem pense que é festa
Pois é séria essa missão
De dar prazer ao outro
E acabar sempre na mão.

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