"é de barcos sonhados que o mar se alimenta." Andre Bolivar
Pela janela azul pulsante
Fico a velar teu sono.
Ícones passam anunciando
Se estás acordado ou no leito.
A insônia por vezes te toma,
Tirando tua paz precária
E meu coração apertado,
Pressentindo tua angústia,
Bate em descompasso.
Pela janela azul pulsante
Tento tocar-te o rosto,
Fazer-te um afago,
Sentir-te a pulsação.
A pulsante janela que nos une
É a mesma que nos afasta.
Milhas e milhas de distância
Mares e rios a singrar
Em meu veleiro sem velas,
Mastros quebrados, quilha ruída.
Minha alma em sargaços
Perde o teu rastro.
Súbito desce a tormenta.
A janela se fecha
E caio em teu esquecimento.
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