Tuesday, April 29, 2014

Prometeu
(Luz... Porto)

Do meu fardo alívio quero,
Umas férias bem mereço.
Dá-me, Deus, um bom começo,
Coisa que há tanto espero.

Atlas, Sísifo, decerto,
Fadiga e dor bem sentiram.
Mas não coube ao mais esperto
Redução de sua sina.

Por que eu, tão miserável,
Ao cavar minha ruína,
Hei de ter mais branda sorte

Do que aqueles que caíram?
Sem um feito admirável,
Me resta aguardar a morte.

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