Thursday, May 15, 2014
Plâncton
(Luz... Porto)
No ventre úmido do mar sem fim
Plantei a bandeira de expatriado,
Só eu comigo e os comigos de mim.
Guardo meu coração espatifado
Num cofre bem longe da superfície.
Dragão marinho vela meu segredo.
Alimentei-o, orientei, disse-lhe:
Vela-me o sono, que eu não tenha medo.
Espanta o estrangeiro, defende a paz,
Afasta os grandes peixes e cardumes,
O de longe em meu sofrer se compraz.
Deixem-me só e em paz com meus queixumes.
Nem quero mais saber de outro rapaz
Senão eu morro louca de ciúmes.
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