Thursday, August 17, 2006


Queixa
(Luz... Porto)
Mote inspirado em uma inconfidência ouvida
pela área de ventilação de certo prédio
Acusas-me de estar explorando
Com mãos atrevidas
Regiões de teu corpo
Ainda não visitadas.
Quem és tu para te queixares,
Se és tu
Que andas a percorrer
Mares nunca dantes navegados
De minha alma líquida,
Rarefeita, plasmática?
Banhas-te em riachos virgens
Cercados por florestas densas
Aquecidas por um sol tépido e laranja.
Deitas-te na relva úmida de orvalho
E repousas tua alma sonolenta.
Caminhas por entre sendas
Que nem eu visitara.
Escalas montes, vislumbras vales
Que eu apenas em sonhos intuíra.
Desvirginas assim o mais íntimo em mim,
Despindo-me a alma
Para que ela possa
Enfim apresentar-se ao Criador
Tal como foi gerada,
Sem máscaras ou véus.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Belo belo, minha bela!

Daline.

01 September, 2006 19:20  

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