Monday, June 19, 2006


Encontro Marcado
(Luz... Porto)

Este é o momento em que se calam as vozes.
Em que a pedra na garganta sufoca o grito.
Em que o chumbo da opressão turva o olhar.
Esta é a hora em que os pássaros silenciam.
Em que as cachoeiras emudecem.
Em que as mãos perdem o tato.
Este é o instante em que o silêncio ensurdece.
Em que a razão ensandece.
Em que nada mais resta a não ser o travo na língua.
É chegado o tempo do despojar-se
Em que as ilusões caem por terra,
Em que a alma se desnuda e se revela nua e só
Em meio à eternidade do sem-fim.
À Cristiane, in memoriam

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Eternindade saudosa, ainda que exploda o coração em gritos, eliminando a pedra!!!

04 July, 2006 22:05  

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