Saturday, June 17, 2006



ESPECTRAL
(Luz... Porto)

Viagens noturnas, sombrias.
Sempre a falta de companhia
Me faz buscar o parceiro
E, com um tiro certeiro,
Ele me abate, sem piedade.
Eu, pedra de alto quilate,
Sou trocada em mercados
Como forma primitiva de escambo.
Julgam-me por meus pecados:
Não passo de um molambo.
Olhar ao redor e ver a casa vazia
Só me faz sentir arrepios.
Tomado por perversa magia,
Meu corpo sacode com calafrios.
Acordar à noite assustada
Sem ter ninguém ao lado
É minha maldição,
Condição que me foi imposta,
Desde a minha errônea concepção.
O medo vem, me visita
E espalha a dor pelos travesseiros da madrugada.

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