Juro que li essas palavras nunca ditas no fundo de teus olhos negros de viajante perdido nessas paragens.
Juro que por uma fração de segundos minhas unhas carmim se alegraram e braceletes, colares, brincos, cabelos ao vento entoaram algum canto ancestral de sereias e senti que me seguias.
Imantada pelo meu perfume, tua sombra me espreitava por vielas, por esquinas. Cobria-me de flores para não ser vista. Em vão. Talvez o olor, quiçá a combinação de cores, algo em mim fazia com que soubesses por onde eu estava a passar.
Havia música, sim. Havia a música das esferas, a música do silêncio, ou a música do mar que se ouve em conchas. Então dois sorrisos largos, dentes brilhando e o adeus final a se arrastar pelos anos.
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