Sunday, November 30, 2008


Em Carne Viva
(Luz... Porto)

O amor chegou de mansinho,
Sorrateiro e a tudo aniquilou.
O amor me tomou em seus braços gélidos,
Suas asas negras à minha alma
Levaram ao cume do despenhadeiro.
O abismo me fitou com olhos de fome.
Clamou por mim, exigiu meu corpo.
Minha carne trêmula mergulhou mesmerizada
No vazio, no caos, nas pás de um liquidificador.
Meu espírito descarnado escancarou
Sua fauce sedenta de sangue.
Vomitou meu ódio, minha raiva,
Minha revolta, meu amargor.