POENTE
(Luz... Porto)
Cavalos marinhos submersos
Em meu ventre de águas caudalosas
Brincam com nenúfares e coral.
Enquanto no horizonte o céu se inflama
Meu corpo em chamas
Vagueia sob amendoeiras de cristal.
A noite não trará alívio, tampouco versos.
Minha última refeição será frugal.
Minhas pernas se arrastarão silenciosas
Até a boca exalar seu derradeiro “ai”.