Wednesday, March 07, 2012




POENTE

(Luz... Porto)

Cavalos marinhos submersos

Em meu ventre de águas caudalosas

Brincam com nenúfares e coral.

Enquanto no horizonte o céu se inflama

Meu corpo em chamas

Vagueia sob amendoeiras de cristal.

A noite não trará alívio, tampouco versos.

Minha última refeição será frugal.

Minhas pernas se arrastarão silenciosas

Até a boca exalar seu derradeiro “ai”.