Thursday, June 16, 2016

Doce-Amargo

(Luz... Porto)




Lua sobre as águas.
Montanhas, vales, árvores, nuvens, mar.
Um lindo cenário a nos preparar para o Dia dos Namorados.
Dia dos Namorados é todo dia, claro.
Mas existe uma certa magia no dia 12 de junho. Véspera de Santo Antônio...
O tempo mais frio, convidando para o abraço, o aconchego, o dormir de conchinha?
Talvez...
Desde os meus dezesseis anos tomei a decisão de celebrar a data, de me presentear quando estivesse sozinha.
Na faculdade tinha um amigo muito amigo que, nas ocasiões em que estava desacompanhada, me levava para jantar e me dava uma rosa. Os dois irmãos dele também davam rosas às nossas duas outras amigas que faziam parte do grupo. Mas elas tinham seus namorados e noivos. Devidamente trocados, hoje, se não estou enganada.
Bateu uma saudade dessa época, da presença de amigos tão presentes, tão agarrados.
"Mudaria o Natal ou mudei eu?", diria o bom e velho Joaquim Maria. Eu mudei. Sem querer muito. Não queria ter mudado assim. Não queria ter ficado amarga.
No fundo do amargo tem o doce. No fundo do doce tem o amargo. Bom e velho Tao. Por vezes tão difícil de aceitar. A sabedoria junguiana. A alquimia. A luz. A sombra.
E onde estava eu que comecei falando de Dia dos Namorados?...